sábado, 9 de outubro de 2010

Bom senso

Se há coisa que Pedro Passos Coelho já deveria ter aprendido com Manuela Ferreira Leite é que ter a razão do seu lado (ou pelo menos uma boa parte dela)  não basta para ganhar eleições.
Pode até ser injusto, mas ninguém lhe perdoará se o país mergulhar numa crise mais profunda por culpa de um orçamento chumbado por si.
Convém que não esqueça que por vezes é necessário recuar um passo para poder dar dois em frente.

4 comentários:

Eduardo Miguel Pereira disse...

Paulo, analisando a questão sob o prisma da estratégia politica-eleitoral, esse raciocinio parece-me correcto.
A verdade é que o pais, por mais que nos custe admitir, bateu efectivamente no fundo, o PEC III vai ter sucessores, e os nºos apresentados ainda vão piorar mais, e assim sendo, não vale a pena mais "paninhos quentes", é hora de enfrentar o assunto sem rodeios, e retirar do poder quem não tem capacidades para lá estar.

Pena é, a meu ver, que tirando de lá o Sócrates e o "seu" PS, e colocando lá o Passos Coelho e o "seu" PSD, estejamos apenas a trocar o "balde e as moscas".
E aqui, já estou a partir do princípio que, mesmo num cenário de eleições antecipadas, o PSD ganharia sempre, o que contraria o teu raciocinio.

Paulo Lobato disse...

Eduardo,
Poderia até ganhar, mas nunca com uma maioria estável capaz de implementar as reformas necessárias. Seria sempre um governo diminuído (mesmo juntando o CDS) incapaz de resistir à pressão dos interesses e da rua.
Por isso a ruptura a acontecer tem de ter uma solução (melhor) para o dia seguinte e, neste momento, isso não é possível.

Teresa Santos disse...

A concretizar-se a não aprovação do Orçamento, quem é que sai a ganhar, quem é???
Pois!!!

Paulo Lobato disse...

Exactamente, Teresa.
Seria, mesmo, motivo de festa rija.

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