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Quando, pouco depois, ousei vaticinar a possível vitória de MFL nas eleições legislativas, já sabia tratar-se de um exercício politicamente-incorrecto.
Porém, com a vitória do PSD na eleições europeias notei uma mudança de atitude: além de haver mais comentário político, as pessoas passaram a identificar-se, com o que penso ser o verdadeiro nome, e a assumir as suas posições (algumas por cálculo político); por vezes apenas maldicência.
No media tradicionais (jornal, rádio e televisão) o percurso foi idêntico e - provavelmente - este caso, se ocorrido há um ano, não teria toda a sua atenção. Por isso, hoje, pese a gravidade do caso MMG, a liberdade de opinião acaba por ser maior; para o bem e para o mal.
(nunca gostei muito deste telejornal, mas tinha bom remédio: não via)Adenda: um país estado-dependente, cheio de vícios, tem estas inconviniências
Nota posterior: esta mudança nada tem a ver com MFL, mas sim com um vislumbre de mudança. O medo de ser penalizado pelo estado cala as pessoas; se o regime vai mudar...)
2 comentários:
Paulo,
eu acredito que tenha sentido essa diferença após o resultado das Europeias, mas a verdade, para mim, é que alguém que diz, publicamente, como o fez a MFL, que se calhar não fazia mal a ninguém estarmos 6 meses sem democracia, enfim .... dar-me-ia tudo menos confiança para poder comentar o que quer que fosse sem ser de forma anónima.
E hoje em dia comento, sem ser de forma anónima, mas não deposito mais confiança no JS que na MFL. São duas caras da mesma moeda.
Eduardo,
A razão da mudança está ligada ao facto do PS poder terminar o seu reinado; não ser imbatível. Quer queiramos, quer não, as pessoas e as empresas são muito vulneráveis num país muito dependente do estado.
Portanto, MFL não é - de todo - a razão da mudança de atitude.
Todavia, é legítimo que o diga que a minha interpretação das palavras de MFL - quanto à suspensão da democracia por 6 meses - não é a mesma; ela quer ironizar e a coisa sai-lhe mal.
Não sei se JS e MFL serão faces da mesma moeda, mas no seu conjunto o PS e o PSD não serão muito diferentes nestas diabrites.
um abraço
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