segunda-feira, 7 de setembro de 2009

||| morno

(desta vez quase que conseguia ver todo o debate)

O que eu previa. Louçã tem marcado, também, os frente-a-frente com uma postura muito moderada. Subtilmente procura não afugentar, e se possível reforçar, o eleitorado que votou no BE nas últimas europeias.

Quanto a Manuela Ferreira Leite, contava que o frente-a-frente lhe corresse pior. Obviamente que beneficia do comportamento «simpático» de Francisco Louçã, mas o seu estado de elevada confiança ajudou em muito.

Têm um adversário comum: José Sócrates.

(ler no público)

4 comentários:

Raf Sandor disse...

Confesso que quase cheguei a ter pena da Manuela Ferreira Leite. A sério, chegou mesmo a ser patético. Notou-se nitidamente que não tem a mínima experiência de debate e não consegue fugir ao que está escrito numa folha, leia-se no programa do PSD – ou seja, espremido fora dos chavões… zero. O Louçã encostou-a às cordas com as questões da segurança social e da saúde. Aliás, o argumento do PSD de os hospitais privados (onde só vai quem tem dinheiro ou mais nenhuma hipótese) servirem para fazer face às carências dos públicos (verdade), mas não questionando sequer os porquês de não haver melhores condições nos públicos, nem investimento, atesta apenas o que é o liberalismo sem regras e no qual os grupos mais desfavorecidos não têm sequer lugar. O Louçã desarmou-a em todas as áreas – apesar dela, numa tentativa desesperada de não se transformar em “Sócrates” se ter tentado colar às ideias do mesmo – e deu-lhe um KO completo na questão da família, já com a Manuela a balbuciar um conjunto de chavões sem sentido. Pois é, uma coisa é estar a debitar num palco para os confrades, outra é ser exposta na essência (ou falta da mesma). Que venha o debate Louçã/Sócrates.

Paulo Lobato disse...

Confesso que não vi o início do debate, mas na parte que acompanhei pareceu-me diferente da sua avaliação.
Perspectivas diferentes, leituras diferentes.
Embora sem vocação para o debate, é certo, houve momentos em que a sua mensagem foi mais eficaz.
Por exemplo, o facto de falar no país real que é composto pelas 300 mil PME decerto terá um efeito positivo. Ainda que rigorosa com as contas, afirma que a saúde está acima disso (um pouco de populismo).
Pareceu-me já preparada para a procriação...
Mas, sinceramente, vi alguma cerimónia de parte a parte e parece-me que sei porquê.
Esta é a minha visão, mas sei que cada cabeça sua sentença.

grato pelo comentário,

cumprimentos.

Eduardo Miguel Pereira disse...

Pareceu-me, acima de tudo, que a postura "cool" de Louçã se deveu mais ao facto da "Sra." não lhe ter dado luta nenhuma.
Com uma incapacidade tão grande para o debate, por parte da MFL, o Louçã nem se sentiu motivado a fazer mais.

Paulo Lobato disse...

Eduardo,
Louçã é suficientemente inteligente para perceber que um discurso radical não faz do BE um porto seguro para os decontentes com o PS (e alguns PSD).

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