O direito de um cidadão exercer o seu voto, deverá ser considerado como um dever cívico. Em alguns países europeus é mesmo obrigatória a ida às urnas sob pena de sanções. Penso que não devemos chegar a tanto.
Em Portugal, nas próximas eleições de 7 de Junho, poderemos estar sujeitos a uma abstenção superior a 60%! E quais serão as causas?
Eu avanço com baixo nível de educação e formação, desinteresse pela política (por motivos óbvios), desconhecimento em relação aos projectos de cada candidato, etc..
O exemplo deveria começar de cima e o discurso político tem de ser mais elevado. Não bastam Magalhães para as crianças, aproveitamento garantido até ao 9º ano e RVCC's para os adultos.
Cursos de Honestidade, Seriedade e Integridade deveriam igualmente ser ministrados a todos os players da nossa política nacional. Para o bem de todos.
terça-feira, 2 de junho de 2009
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6 comentários:
Leitão,
No contexto actual, é-me difícil aceitar que eu tenha o dever de votar nas europeias. O facto de não ter sido chamado a pronunciar-me sobre o tratado de lisboa, uma questão fulcral, iliba-me de qq dever cívico.
um abraço
Lobato,
Compreendo a tua opinião, mas o nível de abstenção nos referendos também não têm sido exemplo para ninguém...uma solução será o voto em branco.
Obrigado,
Leitão,
Eu falo de mim próprio, pois só não votei 1 vez por estar fora do país. Penso que, nestas circunstâncias, terei alguns direitos.
Imaginemos que ninguém votava, qual seria o resultado? Quando votamos tb estamos a caucionar o sistema. Nalguns casos a caucionar a mediocridade. Não podemos esquecer o sistema assenta nos partidos, em que meia dúzia escolhe por nós ...
Não é fácil...
um abraço
Caríssimos
A abstenção é uma situação difícil, porque significa rejeitarmos um direito que muitos gostariam de ter e não têm. É importante a revolta interior em relação ao nosso sistema actual. Quem estiver a pensar votar em branco ou abster-se gostaria de deixar aqui uma ideia. Que tal apostar numa ideia nova, que em si mesma não é nova, mas pela primeira vez está inscrita no programa de um partido: a ideia de reformar completamente o nosso sistema político, por forma a acabar com o monopólio dos partidos, nomeadamente através das disciplinas de voto, e obrigar a que cada deputado seja eleito em círculos uninominais, ao qual teria que se deslocar mensalmente para, em local público, explicar as suas decisões e ouvir o que os seus eleitores têm para lhes dizer. O MMS tem essas e muitas outras ideias, que podem ser profundamente alternativas, muito mais significativas do que as dos partidos tradicionais. É certo que estas são eleições europeias, mas esta mudança começa agora.
Caro Bernardo,
Obrigado pelo seu comentário, que permite a discussão de um tema que nos toca a todos.
O pior do sistema actual é acima de tudo as pessoas que o aplicam. A partir das juntas de freguesia, os respectivos candidatos a presidentes são de facto escolhidos por "meia dúzia" de intelectuais em cada um dos partidos concorrentes. E começa aí o caminho até ao governo através dos lobbies e tráficos de influência instalados.
Na minha opinião, poderemos vir a passar mais rápido por um regime presidencialista do que propriamente pela reformulação da Constituição.
Caro Sérgio,
O seu comentário sugere alguns dos aspectos que, também eu, penso que devem ser revistos.
Contudo, não sei como vão os partidos reformar-se a si próprios se são eles a causa ...
um abraço
Paulo Lobato
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